domingo, 26 de setembro de 2010

26 de setembro - Dia do Surdo

POEMA DO SURDO
       (autor desconhecido)
O teu silencioso
É harmonioso
O teu jeito expressivo
É muito gostoso
Sabes sorrir
Sabes chorar
Sabes... É claro;
Te expressar!
O teu falar
Arrepia a gente
És falante de um sistema lingüístico
Muito diferente
Compreender a tua fala
O teu sentimento
É muito envolvimento
Esta língua, visual-especial
Quero aprender
Nos ensina... Teu modo de ver
Nos ensina... sentir e aprender
Nos ensina.... saber, sobre as coisas do mundo

Você não pode deixar de conhecer o trabalho de Ely Souza e Josenete Ribeiro Macedo - Inclusão Social do Surdo: um desafio à sociedade, aos profissionais e a educação. (clique aqui para conhece-lo)


quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Escola e família têm papel primordial na inclusão

Pedagoga, com doutorado em educação, Maria Tereza Eglér Mantoan é professora da Faculdade de Educação da Universidade de Campinas (Unicamp). Sua dedicação, nas áreas de pesquisa, docência e extensão, está voltada ao direito incondicional de todos os alunos à educação escolar de nível básico e superior de ensino. Tem 17 livros publicados.
Ela exerce, desde 2007, a função de coordenadora pedagógica do curso de especialização para formação de professores de atendimento educacional especializado, promovido pela Secretaria de Educação Especial do MEC em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFCE).
Em entrevista ao Jornal do Professor, Maria Tereza diz que a escola e a família têm papel primordial na inclusão dos alunos especiais. Para ela, é importante que esses alunos tenham acesso a escolas comuns, mas também é importante que as escolas ofereçam atendimento educacional especializado, complementar à formação, segundo as necessidades de cada um.

Leia a matéria e entrevista completa em:
Portal do Professor

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Por uma escola diferente

Estava conversando com um amigo virtual que é surdo sobre as práticas existentes nas escolas. Márcio mora em Apucarana, Paraná e foi por quatro anos presidente do Conselho Deliberativo da Escola de seu filho. Ele me relatou que teve grandes problemas com alguns professores da escola porque tinha ideias muito revolucionárias. Acreditem, as ideias do Marcio eram tão simples. Ele apenas pedia uma escola prazerosa para os alunos, com novidades, com acesso adequado as tecnologias, aberta aos finais de semana para a comunidade e integração maior com as famílias.
A grande angustia de Márcio era ver os alunos se evadirem porque não encontravam na escola atrativo nenhum. Bom, meu amigo virtual arregaçou as mangas e foi a luta. O indice de evasão era grande e Marcio começou a participar mais da vida da escola. Como é uma cidade pequena, foi fácil buscar os alunos em casa e leva-los a escola. Junto a isso, começou a mexer com os professores e muita coisa mudou. Sabe aquele pai questionador? Esse é Márcio. E ele não se preocupava só com o filho não, se tornou paizão de todos e durante quatro anos deu uma reviravolta na escola. Mesmo assim Márcio ainda não está contente. Diz que ainda tem muitos professores que pensam que são os "sabem tudo" e para eles os alunos "sabem nada". 
Márcio tem 42 anos e o ensino médio completo. Descobriu que era surdo somente aos 14 anos. A família e os professores diziam que ele era distraído. Um dia em sua vida passou um professor que finalmente o olhou diferente e descobriu que Márcio era surdo. Só tem 40% de audição. Então sua vida escolar começou a mudar e sua visão de mundo e escola também. 
Associou-se a uma organização para deficientes em sua cidade e começou a fazer muitos cursos. Passou pela vida trocando muitos empregos com a justificativa de que era perigoso por conta de sua surdez. Nessas andanças de portas fechadas, Márcio aprendeu a lidar com madeira e hoje tem seu próprio negócio. Diblou os "nãos" e disse sim a sua vida. É um vencedor, guerreiro que não desiste nunca.
Sua experiência de vida o levou a esta luta na escola. Hoje Márcio não é mais presidente do Conselho Deliberativo, pois sua pequena empresa ocupa muito do seu tempo, mas sempre que pode visita a escola. Vai com seu discurso de uma escola diferente. Ainda não mudou tudo que queria, mas ele diz que não vai parar. Quer ver os jovens da sua cidade a acreditar na escola e aprender a fazer a diferença em suas vidas. 
Segundo ele, o mais difícil é provar aos professores que a mudança é necessária.
Concordo com Márcio, de nada adianta termos acesso as novas tecnologias se continuamos a ensinar de forma tradicional.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Qual deve ser seu procedimento quando uma pessoa:

USA CADEIRA DE RODAS
.Nunca se apóie na cadeira de rodas. Ela é como uma extensão do corpo da
pessoa.
.Se quiser oferecer ajuda, pergunte antes, e de forma alguma insista.
.Ajuda aceita, deixe que a pessoa diga como proceder.
.Se a conversa for demorar, sente-se, ficando sempre no mesmo nível do
olhar do usuário da cadeira de rodas.
.Nunca estacione seu automóvel em  frente a rampas ou em locais
reservados às pessoas com deficiência. Esses lugares existem por necessidade e
não por conveniência.
Não tema em falar as palavras correr ou caminhar. As pessoas com
deficiência também as usam.
.Para evitar que a pessoa perca o equilíbrio e caia para frente, use sempre a
"marcha ré" para descer rampas ou degraus.

USA MULETAS
.Não tenha pressa. Acompanhe o ritmo da marcha de seu usuário.
.Tome cuidado para não tropeçar nas muletas.
.As muletas devem ficar sempre ao alcance das mãos.
.Antes de ajudar, pergunte á pessoa se ela quer realmente a ajuda.

TEM DEFICIÊNCIA VISUAL
.Se notar que a pessoa precisa de ajuda, prontifique-se. Peça explicações à
pessoa cega de como ela quer ser ajudada.
.Nunca a agarre pelo braço. Para  guiar uma pessoa cega ofereça seu
antebraço para que ela segure. Oriente-a para obstáculos como meio fios,
degraus, buracos e outros.
.Evite deixar o cego falando sozinho. Ao sair de um ambiente, avise-o.
.Não receiem ao falar palavras como, cego, olhar ou ver. Os cegos também
às usam.
.Para explicar direções seja o mais claro possível. Informe sobre obstáculos
pela frente, e indique as distâncias em metros. 
.Não tenha vergonha. Se você não sabe como direcionar a pessoa seja
franco. Pergunte de que maneira deve descrever as coisas.
.Ao guiar um cego para uma cadeira,  direcione suas mãos por trás do
encosto. Informe ainda se ela tem braços ou não.
.Se no restaurante não houver cardápio em braile, é de boa educação que
você o leia e informe  os preços.
.Pessoas com visão subnormal (sérias dificuldades visuais) devem receber o mesmo tratamento. Ofereça sua  ajuda sempre que notar que ela está em 
dificuldade.

TEM PARALISIA CEREBRAL
.A pessoa com paralisia cerebral é inteligente e sensível, ela reconhece que
é diferente dos outros. Se você seguir seu ritmo poderá ajudá-la. Se não
compreender o que ela disse, peça que repita.
.A paralisia cerebral causa gestos faciais involuntários, o andar é com
dificuldade, e em alguns casos a pessoa não anda.
.Não confunda com deficiência mental. A paralisia cerebral afeta somente o
aparelho motor, responsável pelo controle dos movimentos do corpo.
.Não se deixe impressionar por seu aspecto, aja de forma natural. Como
qualquer pessoa ela merece respeito.

TEM DEFICIÊNCIA MENTAL
.Cumprimente-a normalmente. Geralmente a pessoa com deficiência mental
é carinhosa, disposta e comunicativa. 
.Dê-lhe atenção. Expresse alegria em encontrá-la e mantenha a conversa até onde for possível.
.Evite a super proteção. Ajude somente quando for necessário. Ela deve
tentar fazer tudo sozinha.
.A deficiência mental não é uma doença. Pode ser uma conseqüência de
alguma doença, assim, não use palavras como doentinho ou bobinho quando se referir a uma pessoa nessas condições.
.Trate as pessoas com deficiência mental de acordo com sua idade. Se for criança trate-a como criança, se for um adolescente ou adulto, trate-a como tal.

TEM DEFICIÊNCIA AUDITIVA
.Fale claramente em velocidade normal, de frente para o surdo, tomando
cuidado para que ele enxergue a tua boca. 
.Não grite, fale com o tom de voz normal, a não ser que lhe peçam para
levantar a voz.
.Seja expressivo. Os surdos não podem ouvir as mudanças sutis do tom de
sua voz indicando sarcasmo ou seriedade.
.Se um surdo estiver acompanhado de intérprete, fale diretamente a pessoa surda, não à intérprete.
.Ao conversar com uma pessoa surda, mantenha contato visual, se você
dispersar o seu olhar, ela pensará que a conversa acabou.
 .Se você quiser falar com um surdo, chame sua atenção, sinalizando ou
tocando-lhe no braço.
.Se você não entender o que um surdo esta falando, peça que repita. Se
mesmo assim não conseguir entender, peça que escreva. O importante é
comunicar-se.
.Eles só saberão "ler" suas expressões faciais, seus gestos ou movimentos
de seu corpo para entender o que você quer comunicar.
.Ao planejar um evento, utilize os avisos visuais. Se for exibir um filme,
providencie um script ou um resumo do filme, se não tiver legendas. 


As informações deste manual foram retiradas do Manual para Inclusão Social
das Pessoas Portadoras de Deficiência da Coordenadoria Nacional para
Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - CORDE.

Fonte:   http://www.sanvillesul.com.br/br/index.php?option=com_content&task=view&id=9